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terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Entre Estrelas e Esperança: O Final de Ano Europeu!

 



Ao encerrarmos o ano civil, fazemos uma pausa para celebrar o caminho já percorrido e para renovar o compromisso que nos guia: construir, na nossa escola, uma cidadania europeia ativa, informada e aberta ao mundo.

A Europa é feita de pontes, de encontros e de uma riqueza cultural que se revela até nos gestos mais simples: como a forma de celebrar a passagem de ano. 
 
Em cada país da União Europeia, o dia 31 de dezembro ganha cores, sabores e símbolos próprios, mas todos partilham o mesmo desejo de Esperança, Renovação e Futuro.

No espírito do Projeto Europa+/e Clube Europeu, deixamos algumas curiosidades que mostram como a diversidade cultural é, afinal, o que mais nos aproxima.
 
  • Na Alemanha, uma tradição muito conhecida é o Bleigießen, em que se derrete chumbo (hoje substituído por estanho por segurança) e se deita em água fria para interpretar formas e prever o futuro.
  • Na Áustria, oferecer pequenos porquinhos de marzipã (Glücksschwein) é símbolo de boa sorte para o novo ano. 
  • Na Bélgica, as crianças escrevem cartas decoradas para pais e padrinhos, desejando felicidade e agradecendo o ano que passou. 
  • Na Bulgária, cada pessoa abre uma noz. Se estiver saudável e bonita, o ano será positivo; se estiver escura ou seca, prevê dificuldades. 
  • Na Chéquia, corta-se uma maçã ao meio. Se o caroço formar uma estrela, o ano será bom; se formar uma cruz, prevê-se má sorte. 
  • No Chipre, come-se o Vasilopita, um bolo onde se esconde uma moeda. Quem a encontra terá um ano de sorte. 
  • Na Croácia, a tradição croata valoriza um jantar simples, sem excessos, para entrar no ano com serenidade e equilíbrio. 
  • Na Dinamarca, atiram pratos velhos à porta de amigos e familiares. Quanto mais cacos à porta, mais amigos e sorte no novo ano. 
  • Na Eslováquia, algumas famílias começam a refeição com mel (doçura) e alho (proteção), simbolizando equilíbrio para o novo ano. 
  • Na Eslovénia, celebra-se três “Natais”: o de São Nicolau, o de Pai Natal e o de Dedek Mraz - e o espírito festivo prolonga-se até ao Ano Novo. 
  • Em Espanha, a tradição manda comer 12 uvas, uma por cada badalada da meia-noite, para garantir sorte ao longo dos 12 meses seguintes. 
  • Na Estónia, acredita-se que comer 7, 9 ou 12 vezes no dia 31 traz força e prosperidade (não é preciso terminar tudo!). 
  • Na Finlândia, tal como na Alemanha, os finlandeses derretem estanho e interpretam as formas para prever o futuro. 
  • Em França, a passagem de ano é marcada por jantares longos, ostras, champanhe e grandes celebrações públicas, especialmente em Paris.
  • Na Grécia, antes da popularização da árvore de Natal, o costume era decorar barcos, símbolo de proteção e boa fortuna para as famílias ligadas ao mar.
  • Na Hungria, também se comem lentilhas, mas evita‑se comer galinha, pois acredita‑se que “arranha” a sorte e a afasta.
  • Na Itália, os italianos celebram com lenticchie (lentilhas), cujo formato lembra pequenas moedas, simbolizando abundância e prosperidade para o novo ano.
  • Na Irlanda, batem com um pão mole nas paredes para afastar má sorte e garantir abundância. 
  • Na Letónia, tal como na Áustria, o porco é símbolo de prosperidade. É comum comer carne de porco na última refeição do ano. 
  • Na Lituânia, acredita-se que a mesa deve ter muitos pratos diferentes para garantir abundância durante o ano. 
  • No Luxemburgo, as celebrações incluem tochas e luzes, simbolizando a passagem da escuridão para um novo ciclo. 
  • Em Malta, a passagem de ano é sobretudo familiar, com jantares longos e doces tradicionais malteses. 
  • Nos Países Baixos, come-se oliebollenbolas de massa frita com passas, consideradas protetoras contra a má sorte. 
  • Na Polónia, é comum comer carpa ou guardar uma escama da carpa na carteira para atrair dinheiro. 
  • Em Portugal, come-se as 12 passas, fazemos desejos e, em muitas regiões, sobe‑se para uma cadeira com o pé direito à meia-noite - um gesto simbólico de “entrar bem” no novo ano.
  • Na Roménia, em algumas regiões, grupos mascarados de ursos dançam pelas ruas para afastar maus espíritos e celebrar a renovação. 
  • Na Suécia, a passagem de ano é marcada por velas, jantares tranquilos e o tradicional discurso do rei. 

As tradições de passagem de ano na Europa dos 27 mostram-nos como cada país celebra a esperança à sua maneira, através de sabores, gestos e símbolos que revelam a sua identidade cultural. No entanto, todas convergem no mesmo impulso humano de Renovação, União e Futuro. 

É essa diversidade - tão rica e tão próxima de nós - que inspira o trabalho do Projeto Europa+ / e Clube Europeu.

Em 2026, e à semelhança dos anos anteriores, esta ligação à Europa ganha um significado ainda mais especial.

De 29 de abril a 3 de maio, um grupo de 25 adolescentes e 15 adultos do Projeto Europa+ / e Clube Europeu partirá para a viagem anual de descoberta da Europa dos 27. Será uma experiência imersiva, com destaque para a visita ao Parlamento Europeu em Viena, onde os nossos alunos terão a oportunidade de compreender, por dentro, o funcionamento das instituições europeias e o papel que cada Estado‑Membro desempenha na construção do futuro comum. Para muitos, será também a oportunidade única de serem deputados europeus por um dia.

Ao longo desta viagem, o grupo representará o Clube Europeu em vários pontos do espaço europeu, reforçando a missão de conhecer, valorizar e divulgar a riqueza cultural dos 27 países da União.

E porque, em 2026, o nosso caminho europeu continuará a ganhar forma, queremos que estas tradições sejam vividas por todos: por quem viajará connosco até Viena e por quem, não podendo ir fisicamente, acompanhará o projeto a partir da escola. Para uns e para outros, deixamos em destaque a tradição da passagem de ano na capital austríaca, um símbolo vivo da cultura europeia que iremos encontrar e representar.

  • Em Viena, vive-se a passagem de ano com uma combinação única de tradição, cultura e requinte. A cidade transforma-se num grande palco festivo, onde a música clássica e a alegria popular convivem lado a lado. 

Tradições típicas de Viena:

  • Concerto de Ano Novo da Orquestra Filarmónica de Viena Transmitido para todo o mundo, é um dos eventos musicais mais prestigiados do planeta. Começar o ano ao som de Strauss tornou-se um símbolo da cultura europeia.

  • O “Porco da Sorte” (Glücksschwein) Em toda a Áustria - e especialmente em Viena - é comum oferecer pequenos porquinhos de marzipã como amuleto de boa sorte. Representam prosperidade e alegria.

  • Valsa ao ar livre À meia-noite, é tradição dançar a valsa “An der schönen blauen Donau” (“No Belo Danúbio Azul”). Em Viena, praças inteiras transformam-se em salões de baile improvisados.

  • Mercados e ruas iluminadas A cidade mantém o charme dos mercados de Natal até ao final do ano, criando um ambiente mágico que mistura luzes, música e gastronomia.

     

    Como referido, em Viena, a chegada do novo ano é celebrada com elegância e tradição. A Valsa do Danúbio Azul, composta por Johann Strauss Jr., ecoa nos salões e nas praças, unindo gerações num mesmo compasso de esperança. Hoje, ouvir a Valsa do Danúbio Azul é entrar num diálogo com a história, com a cultura e com a alma de Viena. É sentir a Europa a pulsar em cada compasso. Deixamos aqui este momento simbólico, como convite à escuta, à emoção e à pertença europeia.

     



    A Valsa do Danúbio Azul - O Som que Viena Oferece ao Mundo:

    A Valsa do Danúbio Azul, composta por Johann Strauss Jr. em 1866, é muito mais do que uma obra-prima da música clássica: é um dos símbolos mais reconhecidos da identidade vienense e da elegância cultural da Europa Central. Originalmente intitulada An der schönen blauen Donau (“À Beira do Belo Danúbio Azul”), a peça transporta-nos para a atmosfera luminosa dos grandes bailes imperiais, onde a música, a dança e o requinte se entrelaçavam num cenário de salões resplandecentes.

    Strauss Jr., conhecido como o “Rei da Valsa”, compôs esta obra para celebrar a beleza do rio Danúbio, que atravessa cidades marcantes da Europa Central, incluindo Viena. A valsa inicia-se com uma introdução suave, quase etérea, evocando a serenidade das águas do Danúbio, antes de evoluir para um conjunto de melodias vibrantes e entrelaçadas. O resultado é um fluxo musical que combina alegria, nostalgia e movimento — como se a própria cidade dançasse ao ritmo da sua história.

    O sucesso foi imediato e duradouro. A valsa tornou-se presença constante em eventos sociais, concertos e celebrações, ganhando um lugar especial no Concerto de Ano Novo da Filarmónica de Viena, onde continua a emocionar milhões de espetadores em todo o mundo. A sua popularidade ultrapassou fronteiras e gerações, sendo frequentemente utilizada em filmes, cerimónias e momentos que procuram transmitir sofisticação, romance e espírito europeu.

    Mas o Danúbio Azul é mais do que música: é um símbolo de união e paz. Num século marcado por profundas transformações políticas e sociais, a valsa recordou - e continua a recordar - o poder da arte para inspirar, aproximar e elevar.




    Que o novo ano civil nos encontre mais curiosos, mais participativos e mais conscientes do lugar que ocupamos na Europa. 

    Que 2026 traga novas oportunidades de aprender, viajar, dialogar e construir pontes - dentro e fora da nossa escola. Continuaremos a caminhar juntos, com a Europa no coração e a comunidade no centro, certos de que cada gesto, cada projeto e cada encontro nos aproxima do futuro que queremos.  

     

    Feliz Ano Novo 

                    com esperança, união e espírito europeu
     

     (consulta as gadgets laterais- versão web - "2005 vs. 2026: O Tempo passa, mas os Direitos permanecem!")

 

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