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quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Um mal que ainda existe... escravatura!

 

Dia Internacional para a 

Abolição da Escravatura

2021

Foto de Joshua J. Cotten no Unsplash

A palavra escravo vem do latim medieval sclavus e foi originalmente usada para descrever pessoas de etnia eslava. 'Eslavo' era um termo abrangente para migrantes indo-europeus que compartilhavam uma raiz de língua comum. 'Eslavo' significava originalmente 'palavra' e indicava muitas tribos diferentes que podiam entender as palavras umas das outras.

No entanto, a palavra «escravo» começou a ter uma conotação negativa, quando...

A maior parte da Europa e da Ásia passou o século XIII lutando e conquistando uma à outra. Muitas das tribos dispersas foram escravizadas por colonizadores islâmicos mongóis ou árabes (embora os europeus também fizessem sua parte na escravidão de árabes). (...) Os escravizadores codificaram seu status de juiz, júri e executor de outros seres humanos, transformando seu status de escravo em escravo. Muitos dos Esporoi foram vendidos como escravos que a palavra 'escravo', uma vez usada para descrever um grupo linguístico, se tornou o etnónimo Eslavo - um rótulo etnocultural depreciativo para pessoas que eram escravizadas . O uso de 'eslavo' no léxico comum mudou a escravidão de um status para uma identidade, e essa conotação permanece até hoje.

O uso moderno da palavra escravo geralmente se refere a uma pessoa que é “mantida ou forçada à servidão”, também conhecida como alguém que foi escravizado.

Ninguém nasce escravo. O estado natural de nenhum ser humano deve existir em servidão forçada, assim como o estado natural de nenhum ser humano deve possuir outro. 


Assim,

a ONU proclamou o dia 2 de dezembro (desde 1949) como a data para celebrar a «Convenção das Nações Unidas para a Supressão do Tráfico de Pessoas e da Exploração da Prostituição de Outros».


Esta data procura alertar para a existência de situações de escravidão que, segundo a Organização Internacional do Trabalho, atingem mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo. A escravatura desenvolveu-se e manifesta-se de diferentes formas ao longo da história. Hoje, persistem ainda algumas formas antigas, mas algumas foram transformadas e criadas, nomeadamente o tráfico de pessoas, a exploração sexual, formas de trabalho infantil forçado, o casamento forçado e o recrutamento de crianças para os conflitos armados.

A escravatura e a sua persistência nas sociedades contemporâneas, são resultado de uma discriminação a longo-prazo contra os grupos mais vulneráveis na sociedade, nomeadamente os de castas sociais inferiores, as minorias tribais e as pessoas indígenas.

Fontes: @un.org/;@eurocid.mne.gov.pt/; @dn.pt/; @ichi.pro

 

Imagem: UNICEF/Frank Dejongh

Vídeo: Organização Internacional do Trabalho

 
Factos e história...

Atacar figuras como o Padre António Vieira por cumplicidade com o colonialismo é adotar uma visão simplista da história?
Sim, sem dúvida. António Vieira é uma figura complexa, um pensador do século XVII e no século XVII as pessoas não concebiam a escravatura nem a história do mundo colonial como nós o fazemos no século XXI. Os ataques ao Padre Vieira e a outras figuras do passado são geralmente feitos por "presentistas", isto é, pessoas que têm uma abordagem ética mas não uma abordagem histórica das realidades passadas. Pensam como se o passado fosse presente e se regesse pelas regras e princípios de agora, o que é obviamente um erro. (historiador João Pedro Marques)



O marquês de Pombal foi mesmo pioneiro na abolição da escravatura na Europa?
Foi. O seu alvará de 16 de Janeiro de 1773 emancipou gradualmente os escravos existentes no território metropolitano de Portugal e em duas colónias: os Açores e a Madeira, o que nenhum país fizera até então. Pombal foi, portanto, um pioneiro da abolição, ainda que, depois, tenha havido um grande protelamento político, por diversas razões, e o processo abolicionista português que pôs fim à escravidão nas restantes colónias só tenha sido concluído cerca de um século depois. (historiador João Pedro Marques) @dn.pt
 
         

Fontes: @un.org/;@eurocid.mne.gov.pt/; @dn.pt/; @ichi.pro

3 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente trabalho que este clube tem desenvolvido, abordando temas sempre muito relevantes e importantes para a formação de cidadãos esclarecidos e com capacidade crítica. Continuem!

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  2. Excelentre trabalho com o qual não podia estar mais de acordo.

    Parabens!!!

    ..vamos cada um fazer a sua parte para acabar com este flagelo.

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  3. Em nome do Projeto Europa+/ Clube Europeu, só me resta agradecer as palavras e o vosso contributo no reconhecimento dos objetivos deste blog e projeto/clube.
    Bem hajam!

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Agradecemos o comentário