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terça-feira, 16 de novembro de 2021

SER TOLERANTE...um DEVER!

 DIA INTERNACIONAL PARA A TOLERÂNCIA

(16 - novembro)



Ser tolerante significa reconhecer, aceitar e defender os direitos humanos fundamentais, para que viver em comunidade e em paz seja possível.

Este dia foi proclamado através da Resolução 51/95 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 12 de dezembro de 1996.

As Nações Unidas estão empenhadas em fortalecer a tolerância, promovendo o entendimento mútuo entre culturas e povos. Esse imperativo está no cerne da Carta das Nações Unidas , bem como da Declaração Universal dos Direitos Humanos , e é mais importante do que nunca nesta era de extremismo violento e crescente e conflitos cada vez maiores que são caracterizados por um desprezo fundamental pela vida humana.

O Dia Internacional para a Tolerância é uma iniciativa da UNESCO, expressa na Declaração de Princípios sobre Tolerância e Plano de Ação para o Ano (1995).

Em seu quinquagésimo aniversário, em 16 de novembro de 1995, os Estados Membros da UNESCO adotaram uma  Declaração de Princípios sobre Tolerância . 
A Declaração afirma que tolerância é respeito e valorização da rica variedade de culturas de nosso mundo, nossas formas de expressão e maneiras de ser humano. A tolerância reconhece os direitos humanos universais e as liberdades fundamentais de terceiros. As pessoas são naturalmente diversas; somente a tolerância pode garantir a sobrevivência de comunidades mistas em todas as regiões do globo.
A Declaração qualifica a tolerância não apenas como um dever moral, mas também como um requisito político e legal para indivíduos, grupos e Estados. Enfatiza que os Estados devem redigir nova legislação quando necessário para assegurar igualdade de tratamento e de oportunidades para todos os grupos e indivíduos da sociedade.

A educação para a tolerância deve ter como objetivo combater as influências que levam ao medo e à exclusão de outras pessoas e deve ajudar os jovens a desenvolver capacidades de julgamento independente, pensamento crítico e raciocínio ético. 

A diversidade das muitas religiões, línguas, culturas e etnias do nosso mundo não é um pretexto para o conflito, mas um tesouro que nos enriquece a todos.




Numa sociedade,  deve-se observar os valores democráticos como o respeito pelo outro e pelo que é diferente, genética ou culturalmente. Numa União Europeia (UE) que se caracteriza pela diversidade, é fundamental que se promova o respeito mútuo e a compreensão dentro e entre as sociedades. Um dos atuais desafios europeus é equilibrar a segurança com a tolerância, que é um valor civilizacional a preservar.

Por cá...

Muitos são os artigos e as opiniões onde se afirma que:
Portugal tem um “clima de tolerância e diálogo inter-religioso” que pode servir de exemplo a outros países europeus (não esqueçamos que em Portugal, só a comunidade islâmica é constituída por cerca de 50 mil pessoas). 
A tolerância para com os refugiados é uma realidade em Portugal, e ajudar os necessitados, socorrer os que pedem auxílio, é um gesto muçulmano, tal como é judaico ou cristão, é um ato de humanidade transversal a várias religiões. (Abdool Vakil, ex-presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa).

Se existe tolerância no acolhimento aos refugiados e no convívio (salutar) entre várias religiões, já não se pode dizer o mesmo em relação à orientação sexual, pois  dados do relatório (2020) da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA), verifica-se  que Portugal está abaixo da média europeia na capacidade de assumir abertamente a orientação sexual perante a família ou entidade empregadora e 25% afirmaram ter-se sentido discriminados no local de trabalho, 40% em espaços públicos como restaurantes e lojas e também em serviços de saúde. 

Urge mudar mentalidades e ter escolas cada vez mais inclusivas. Porque, para enfrentar a xenofobia, a homofobia, transfobia e bifobia e a intolerânciaprecisamos de aliados, especialmente entre os mais jovens.


E eis a(s) mensagem(ns) em verso de alguns jovens...


Tolerância 


Nascemos da mesma maneira,

Sangramos quando nos cortam,

Morremos mesmo que a gente não queira

E gostamos das pessoas que nos suportam.


Não importa a cor, o género ou a sexualidade,

Pois nascemos assim e não dá para mudar.

Importa sim o coração, a bondade

E todo o amor que temos para dar.


Não tenhas receio

Do que os outros vão pensar.

Apenas sê livre e expressa-te,

Ninguém te pode contrariar.


(Beatriz Pimenta e Miguel Emídio - 11.ºB)



Independentemente...


independentemente da cor

não devemos causar dor,
independentemente das diferenças culturais
discriminação, jamais!
independentemente da sua crença
não lhe devemos marcar a sentença,
independentemente da sua diferença

não devemos demonstrar indiferença!

(Gonçalo Baptista, João Magalhães e Nuno Faúlha - 11.ºB)



Observação: consultem também as que estão na lateral.

Nas turmas do 12.º A e 12.º C, promoveu-se uma reflexão sobre casos contemporâneos (mundiais) de intolerância e que expressam a violação dos Direitos Humanos. Assim, os grupos de trabalho destas turmas, deram excelentes exemplos de intolerância, tais como:
-  situações de racismo; COP26 (não alcançar o acordo necessário coloca em causa a sobrevivência de alguns povos); a situação na Polónia em que a nova lei "joga mais de 30 mil mulheres para abortos ilegais ou no estrangeiro; discriminação quanto à orientação sexual; a "perda" de direitos das mulheres afegãs; a morte de um cidadão estrangeiro no SEF e outras situações de agressão neste organismo; o trabalho infantil. 
Como os próprios afirmaram, muitas ainda ficaram por identificar, mas
pode-se dizer que foram minutos de aula muito interessantes, onde os jovens alunos foram convictos nas suas opiniões e assertivos nas suas argumentações.



Não confundir... 
Tolerância com Condescendência!

à INTOLERÂNCIA

Fontes:

@european-union.europa.eu

@un.org/en/observances/tolerance-day

@eurocid.mne.gov.pt

@observador.pt

1 comentário:

  1. Muito interessante este artigo do blog.
    Parabéns pelo excelente trabalho.

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Agradecemos o comentário