Relógios em contagem decrescente...
(o debate que está a agitar a Europa!)
O Projeto Europa+/ e Clube Europeu convida-te a refletir sobre a mudança de hora e o impacto na tua vida!
A Comissão Europeia propôs abolir a prática em 2018, mas os países membros nunca chegaram a acordo sobre qual hora adotar de forma permanente: a de verão ou a de inverno.
Todos os anos, no outono e na primavera, milhões de europeus adiantam ou atrasam os ponteiros do relógio.
Mas esta rotina, aparentemente simples, levanta uma questão complexa:
- até que ponto o tempo que seguimos é o mesmo que o nosso corpo reconhece?
Entre decisões políticas, argumentos científicos e impactos no bem-estar, a Europa volta a debater se deve pôr fim à mudança de hora.
O tema divide governos, especialistas e cidadãos - e mostra como o tempo pode ser mais do que uma questão de relógio:
é também uma questão de saúde e de identidade europeia
O que está em causa?
A mudança de hora foi criada para aproveitar melhor a luz do dia e, supostamente, poupar energia.
Na Europa, o sistema aplica-se duas vezes por ano: no último domingo de março (início do horário de verão) e no último domingo de outubro (regresso ao horário de inverno).
A Comissão Europeia propôs abolir a prática em 2018, mas os países membros nunca chegaram a acordo sobre qual hora adotar de forma permanente: a de verão ou a de inverno.
Mas... o debate regressou à agenda europeia:
- o governo de Espanha propôs à Comissão Europeia que se termine definitivamente com esta prática, alegando que “já não faz qualquer sentido” e que a mudança tem impactos negativos na saúde (fonte: Observador, 2025).
O que dizem os especialistas portugueses:
Miguel Meira e Cruz, presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, alerta que mudar a hora duas vezes por ano pode ser bastante nocivo para a saúde.
O nosso organismo possui “milhares de ritmos” regulados por um relógio biológico central no cérebro. Quando alteramos a hora de forma brusca, esse relógio interno perde a sintonia.
O que diz a ciência?
- A mudança da hora afeta o ritmo circadiano e a produção de melatonina (hormona que regula o sono).
- Pode interferir no humor e na atenção, especialmente nos primeiros dias após a alteração.
- O suposto benefício energético é hoje considerado mínimo.
Até decisão sabe-se que:
- Na madrugada de domingo, 26 de outubro, os relógios em Portugal continental e na Madeira serão atrasados uma hora (das 2h para a 1h).
- Se a União Europeia decidir acabar com esta prática, esta poderá ser uma das últimas mudanças de hora no continente.
A decisão sobre “que horas são” pode parecer técnica, mas mostra como a Europa está presente nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia - até no nosso sono. 🌙
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