quinta-feira, 27 de abril de 2023

25 de abril de 1974.... visto de fora!

este espaço do Projeto Europa+/ e Clube Europeu decidiu renascer (intencionalmente) com uma data onde aconteceu história em Portugal na década de 70 do séc. XX, 

pois faz 50 anos que se conquistou  "liberdade"!

                                               @50anos25abril.pt


O impacto da intervenção dos capitães rapidamente transcendeu as fronteiras nacionais, num mundo dividido pela Guerra Fria e abalado pela recente crise petrolífera. Os que se apressaram a estabelecer um paralelo entre estes acontecimentos e os que, um ano antes, tinham ocorrido no Chile (“golpe Pinochet”), rapidamente se desenganam. (...)

os Capitães de Abril apresentaram um programa de democratização em que, para além da restauração das liberdades fundamentais, se determinava a constituição de um governo civil e a realização de eleições livres. @50anos25abril.pt


                                                               @50anos25abril.pt


A imprensa lá fora fez, em 1974, do feito de abril, manchete na (sua) imprensa escrita.

A originalidade da transição portuguesa foi, de imediato, assinalada pela imprensa internacional. A 6 de maio de 1974, a Newsweek chama a atenção para o facto de os portugueses sempre terem revelado uma “maneira muito sua” de fazer “as coisas”, utilizando como exemplo o facto de “mesmo aquele sangrento espetáculo ibérico, a tourada”, adquirir em Portugal “uma característica especial, cavalheiresca, pois o touro nunca é morto”. @50anos25abril.pt


Além disso...

Todos os que, desde fora, observaram a evolução política portuguesa em 1974-1975 são unânimes em assinalar a sua excecionalidade. O jornalista do Le Monde Dominique Pouchin refere-se-lhe como o “último teatro leninista”, uma “Cuba na Europa do Sul”. 

As viagens de turismo cultural organizadas pela agência Nouvelles Frontières deixam patentes que, para os jovens europeus acabados de sair da experiência do Maio de 68, esta era a possibilidade de observar in loco o que apenas conheciam dos manuais. Portugal era um laboratório de análise política e social, onde decorria a última revolução de esquerda da Europa.


Vejamos alguns dos títulos da imprensa estrangeira...

Amnesty for Political Prisoners - Portugal Junta Exile Ex-Leaders
                                     (International Herald Tribune, 27 e 28 de abril de 1974)

eis a publicação com foto quando se festejava a vitória (ao centro)

@arquivo.museu.presidencia.pt

  • "Cavalheiresco golpe de estado"                                                                             (in Newsweek, 6 de maio de 1974)
 eis um excerto do artigo (traduzido)
@hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

  • "Um Livro, Uma Canção e depois Uma Revolução"                                                         ( in Time, 6 de maio de 1974)   
 eis um excerto do artigo (traduzido)
@hemerotecadigital.cm-lisboa.pt

O "livro" alude ao Portugal e o Futuro (análise da conjuntura nacional, do general António de Spínola, editado em fevereiro de 1974). A "canção" remete para as duas senhas do movimento que, com intervalo de menos de duas horas, foram emitidas na rádio ("E depois do adeus", de Paulo de Carvalho - canção vencedora do Festival RTP da Canção de 1974 - e "Grândola, vila Morena", de Zeca Afonso).
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  • "A explosão portuguesa"                                                   (L' Express, 6-12 de maio de 1974)
 eis um excerto do artigo (traduzido)
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"Perder um império, ganhar respeito"                                        (International Herald Tribune, 27 de Maio de 1974)

eis um excerto do artigo (traduzido)
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  • "Revolução asseada
        (The New York Review of Books, 13 de junho de 1974)

eis um excerto do artigo (traduzido)
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  • "O Movimento de Oficiais de Portugal, como Força Revolucionária" 
                                                                (Neue Zurcher Zeitung, 15 de junho de 1974)

eis um excerto do artigo (traduzido)

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  • "O Desabamento de uma Ditadura"
  •       (Le Monde Diplomatique, Paris, maio de 1974)
eis um excerto do artigo (traduzido)
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  • "Portugal: Golpe de Estado é apenas o começo"
  •                (The New Yorq Times, Nova Iorque, 16 de junho  de 1974)
eis um excerto do artigo (traduzido)

@hemerotecadigital.cm-lisboa.pt


(recomenda-se a consulta das gadget´s laterais na versão web)



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