um exemplo (para todas as gerações) de Cidadania e Humanidade...

A homenagem do Projeto Europa+/ e Clube Europeu a um homem humilde que partiu, no Dia do Pai, deixando as gentes anónimas de Campo Maior e não só (!), órfãs de um "pai", mas com uma imensa gratidão e reconhecimento: 

Manuel Rui Azinhais Nabeiro (1931-2023), empresário português,  fundador do grupo Delta Cafés.

Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial
Classe Industrial
(atribuído em 1995, pelo então Presidente da República Mário Soares).

Muitos atos, palavras e expressões definem bem o carácter deste homem.  Como o próprio disse

"Nasci assim, pensando nos outros, porque pensar nos outros é pensar em nós".

Também como escreveu José Luís Peixoto (autor do romance biográfico, Almoço de Domingo, inspirado na vida e obra do Comendador) :

"(...) colocava o ser humano no centro da sua atividade".

Um Homem de múltiplos olhares onde a educação também foi uma das prioridades, além do Centro Educativo que criou em Campo Maior, e todo o apoio que deu às escolas locais, apoiou ainda, desde 2008, a investigação na área da biodiversidade na Universidade de Évora, que levou à criação de uma cátedra na área da biodiversidade, que tem o nome Cátedra Rui Nabeiro. Isto mostra, como afirmou a reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vasconcelos Vilar, "a precocidade do seu pensamento e da sua visão ao apoiar a investigação na área da biodiversidade, já desde o início deste século. Significa que ele, desde cedo, se apercebeu da importância das alterações climáticas e da biodiversidade para o mundo e, obviamente, para o território onde ele em particular desenvolveu toda a sua atividade, ou seja, o Alentejo".

Um Homem que até há pouco tempo, quando se deslocava a Lisboa, não ia de autoestrada, mas, como disse em entrevista:

não, eu não vou de autoestrada, eu saio daqui sempre mais cedo, mas vou pela estrada e vou parando em cada cafezinho que é meu cliente para continuar a ouvir, a falar com eles, e a saber o que é que eles têm a dizer do produto que eu lhes vendo (...) porque é deles que eu vivo, é deles que eu dependo.