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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Precisa-se de um Mundo que defenda a dignidade do SER HUMANO...

o que pensam alguns jovens adolescentes,


No dia 2 de dezembro, este Projeto assinalou o 


Os jovens alunos, depois de consultarem o blog, ficaram indignados e promoveu-se, no dia 6 de dezembro, nas turmas A e B do 11.º ano um World Café (conversas em grupo), onde tiveram a oportunidade de explorar o tema e discutir em pequeno grupo para identificar qual das situações de escravatura do séc. XXI, que os impressiona e/ou os indigna mais, de forma a indicar uma ou mais medidas, que, na sua perspetiva, possam contribuir para acabar com esse flagelo.

Partilham-se os resultados...

O grupo C.E.S (Cogito ergo sum) constituído pelos alunos da turma B (11.º ano)

António Tripa

Eduardo Valério

Helena Sabino

Maria Soeiro

Sofia Almeida


Concluíram que a situação que os indigna é a "Mão de obra escrava", tendo por referência casos concretos que foi objeto de pesquisa por parte dos alunos,


"Apple, Nike e Coca-Cola detêm mulçumanos uigures (povo asiático) na China, escravizando-os. Cada empresa afirma que os seus produtos estão isentos de trabalho escravo, mas um relatório de março de 2020 do Australian Strategic Policy Institute indica que cada uma em oitenta e duas empresas beneficiam de trabalho escravo em Xinjiang."

Gigantes americanas são acusadas de terem fornecedores que praticam trabalho forçado na China

Medida(s) indicada(s) por este grupo:

  1. Realizar inspeções regulares ao processo produtivo de grandes empresas, verificando:

  1. pagamento de salários adequados;

  2. cumprimento de horários legais;

  3. condições de trabalho;

  4. verificação do estado de saúde de todos os intervenientes no processo produtivo;

  1. Organizar palestras/congressos com empresários e líderes mundiais mas também para toda a população de Xinjiang (em dadas alturas, como no período de entrada no mercado de trabalho, por exemplo) com uma abordagem ao tema.

  1. Investimento na educação destes povos.


    
O grupo "Pensa e Age", constituído pelos alunos e uma aluna da turma A (11.º ano):

André Costa

Filipa Gomes

Francisco Rico

Hugo Silva


Concluíram que a situação que os mais indigna é o "Trabalho Infantil", pois segundo a pesquisa que fizeram verificaram que a Revolução Industrial, abriu portas à exploração do trabalho infantil nas fábricas e, desde então, o trabalho infantil tem aumentado principalmente no continente africano sobretudo na Somália, República Dominicana do Congo, Sudão, Zimbabué, entre outros.

Como resultado da pandemia Covid-19 mais de 8,5 milhões de jovens correm o risco de ingressar no trabalho infantil do mundo até 2022.

Foram ouvidas 81 crianças, algumas com apenas 8 anos, no Gana, Nepal e Uganda, e que faziam atividades pesadas. Mais de um terço trabalhava pelo menos dez horas por dia, sete dias por semana. (Human Rights Watc)

Medida(s) indicada(s) por este grupo:

. Pena de prisão para o empregador e para quem tiver o menor a seu cargo (superior a 5 anos).

Em Portugal:

... é proibido o trabalho de menores em idade escolar, por respeito ao princípio do livre desenvolvimento da personalidade. A lei estabelece uma idade mínima de admissão ao emprego, um sistema de proteção contra perigos físicos e morais e um regime penal e sancionatório.

Os menores a partir dos 16 anos podem prestar trabalho depois de concluírem a escolaridade obrigatória, caso se encontrem física e psiquicamente preparados para tal. O empregador deve proporcionar condições de trabalho adequadas à sua idade e desenvolvimento, tendo especial cuidado de prevenir danos resultantes da falta de experiência ou da inconsciência dos riscos existentes ou potenciais.

O trabalho infantil — qualquer forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida — é punido pela lei penal. 

Se houver maus‑tratos físicos ou psicológicos, emprego em actividades perigosas, desumanas ou proibidas ou trabalho excessivo, verifica‑se um crime contra a integridade física. O responsável pode ser punido com pena de prisão de 1 a 5 anos; incorre na mesma pena quem tiver ao seu cuidado o menor em causa.


O grupo constituído pelas alunas da turma A (11.º ano):

Ana Rita Pereira

Daniela Bregieiro

Maria Rita Santos

Mariana Santos


Concluíram que a situação que as indigna é a "Exploração Laboral", tendo por referência casos concretos que foi objeto de pesquisa por parte das alunas, nomeadamente trabalhadores em Portugal e Espanha que trabalham 12, 14 e 16 horas diariamente e com um vencimento mensal miserável e humilhante, cerca de 100,00€.


Escravos do mundo rural: imigrantes trabalham por 100 euros... ou nada (in @expresso, 7/maio/2021)

Medida(s) indicada(s) por este grupo de alunas:

. Pena de prisão entre 2 a 8 anos para quem explora (empregadores) estes trabalhadores, uma vez que que se verifica uma violação explícita dos artigos 2.º, 3.º,23.º 28.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Além disso, remeteram ainda para o artigo 149.º do Código Penal.

O grupo P.R.A. (Power-Ranger’s Ativistas) constituído pelos alunos da turma B (11.º ano):

Ana Catarina Guerreiro

Beatriz Pimenta

Margarida Martins

Matilde Carraça

Miguel Cardoso                                              

Concluíram que a situação que os indigna é a "Escravatura Sexual Infantil", tendo por referência casos concretos que foi objeto de pesquisa por parte dos alunos.


Medida(s) indicada(s) por este grupo de alunos:

. Prevenção: Educação (Autodefesa e Senso de Cautela).

Argumentação do grupo:

. Embora saibamos que, neste trabalho, deveríamos tentar encontrar medidas relacionadas com a criação de uma nova legislação à volta deste problema, concluímos que isto não é necessário. Tendo em conta que já existem várias leis à volta disto e que a própria prática deste tipo de escravatura é contra os Direitos Humanos.

. Pedimos que tenham em consideração que, com esta(s) medida(s), não estamos a tentar culpar as vítimas e estamos cientes de que, mesmo com todo este esforço, ainda existe uma grande possibilidade das medidas se revelarem infrutíferas. As medidas apresentadas pelo grupo focam-se na prevenção deste tipo de ocorrências, olhando com mais atenção para os casos de rapto. Assim, considerámos pertinente educar a população mais jovem em relação às seguintes categorias: Autodefesa e Senso de Cautela. A primeira visa proporcionar ao público mais jovem conhecimento sobre como se poderiam tentar defender numa possível situação de rapto, enquanto que a segunda está ligada à prevenção do encontro com um raptor. Esta medida, “Senso de Cautela”, originou na observação e dissecação de algumas táticas utilizadas por traficantes e por assassinos em série para atacar as suas possíveis vítimas. Um exemplo destas táticas é o uso da “pena” e da simpatia muitas vezes associadas ao sexo feminino. Nos Estados Unidos da América existiram casos em que pessoas reportaram encontrar “ovos” (tipo de transporte associado a crianças pequenas, como bebés) deixados em parques de estacionamento para servir de “isco”. A criança ou mulher teria curiosidade e tentaria ajudar o bebé hipotético (ou mesmo só devolver o “ovo”) e seria atacada e raptada pelos traficantes. Outra técnica, esta utilizada pelo assassino Ted Bundy, focava-se em parecer estar ferido para ganhar a simpatia das mulheres, matando-as em seguida. Ao analisarmos estas táticas, chegámos à conclusão de que deveríamos tentar educar as nossas crianças, para que estas tenham um pensamento mais crítico e cauteloso, diminuindo assim as chances de se encontrarem numa situação semelhante. Esta medida tentaria também educar a população mais jovem, de forma a que esta tivesse mais cuidado em relação aos sítios e caminhos que frequentam regularmente.


 O grupo constituído pelos alunos da turma A (11.º ano):

Bruno Santos

Leonor Dionísio

Núria Caiadas

Simão Caixas


Concluíram que a situação que os indigna é o "Tráfico Ilegal de Órgãos", tendo por referência casos concretos que foi objeto de pesquisa por parte dos alunos, nomeadamente o que se verifica com o tráfico de rins, em aldeias Nepalesas, nomeadamente na aldeia de Hokse, que apelidaram de "Kidney Valley" ou em português, "Aldeia dos Rins". Nesta aldeia, os traficantes aproveitam a miséria vivida pela população, aliada a ignorância e inocência para explorar este tipo de mercado.


Medida(s) indicada(s) por este grupo:
1.ª Afirmar a segurança nas fronteiras controlando assim, a circulação de traficantes (apesar de ser eficaz para diminuir o tráfico, esta medida não extermina a raiz do problema: a pobreza).

2.ª Dar incentivos aos indivíduos mais necessitados, também com recurso a organizações internacionais de forma a fornecer ajudas monetárias para acabar de vez com a miséria vivida pela população.

3.ª Educar a população,com a implementação da escolaridade obrigatória e recurso a campanhas de sensibilização, para acabar com a desinformação e a "ignorância" da população.

 O grupo constituído pelas alunas da turma B (11.º ano): 

Ana Tavares

Jéssica Lourenço

Madalena Massano 

Rafaela Bicho

Concluíram que a situação que as indigna é a " Exploração laboral em Portugal".

Argumentação do grupo:
Três quartos dos emigrantes que chegam à Europa são alvo de tráfico ou exploração e em Portugal há dezenas de milhares de estrangeiros a sofrer abusos em explorações agrícolas.
Em Portugal o número de vítimas de exploração laboral é mais elevado do que os números oficiais, e como foi referido anteriormente isto acontece maioritariamente em zonas agrícolas devido à falta de capacidade de apurar casos de abusos.
Um exemplo disto foi a situação em Odemira, onde a política de prevenção de riscos profissionais foi obliterada e apenas quando estes trabalhadores constituíram um terço da população de várias freguesias é que foram vistas as condições desumanas nas quais viviam. Isto levou também à propagação de Covid-19 devido às condições sanitárias precárias.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) instaura inquéritos, mas o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização (SCIF) diz que os números são ridículos e um insulto às vítimas de exploração.


Medida(s) indicada(s) por este grupo:
1.ª Aumento de inquéritos.
2.ª Fiscalização dos campos agrícolas.
3.ª Apoios do governo para com estas pessoas

O grupo constituído pelas alunas da turma A (11.º ano):

Constança Silva 

Filipa Coelho

Inês Guerra 

Mariana Carvalho


Concluíram que a situação que as indigna é a "Escravatura Infantil nas Grandes Empresas de Vestuário", indicaram como referência a SHEIN.

Argumentação do grupo:
A Shein é uma empresa retalhista chinesa, online, que nos últimos anos tem vindo a crescer, ficando cada vez mais famosa internacionalmente. A maior parte da fama atribuída a esta empresa deve-se à grande variedade de produtos a baixo preço. Ao contrário de outras empresas do mesmo género, a Shein nunca divulgou as condições de trabalho dos colaboradores desta empresa. Alguns países exigiram por lei que fossem divulgadas essas condições e após isso descobriram que a marca colocou declarações falsas sobre as condições tanto das fábricas como dos seus trabalhadores. Isto leva a querer que "usa" escravatura, principalmente infantil.

O flagelo do trabalho infantil.

Medida(s) indicada(s) por este grupo:
1.ª Condenação dos responsáveis da fábrica.
2.ª Condenação dos pais das crianças que permitem este flagelo (mesmo que vivam em más condições e precisem de dinheiro nada justifica fazerem os filhos perderem a infância e obrigá-los a trabalhar sem idade para tal e em condições extremamente más e inadequadas).
3.ª Apelo internacional para que as pessoas fizessem a sua parte, ou seja, ajudar a travar este tipo de empresas, deixando de consumir os seu produtos, isso levaria a uma diminuição dos lucros da empresa e sucessivamente a uma maior probabilidade do seu encerramento ou a rever as contratações e condições de trabalho que oferecem aos trabalhadores.
O grupo constituído pelos alunos da turma B (11.º ano):

Gonçalo Baptista 

João Magalhães

Miguel Emídio

Nuno Faúlha


Concluíram que a situação que mais as indignou foi o facto de se verificar em pleno séc. XXI "Escravos na Moda - Fast Fashion".

Argumentação do grupo:
Muitas empresas têxteis optam por produzir em massa peças idênticas às de marca "cara" ou marcas famosas de moda, mas com menor investimento o que requer uma maior e mais barata mão-de-obra,  esta situação verifica-se sobretudo na Ásia, mais concretamente em países "pobres", menos desenvolvidos o que gera "escravidão no século XXI".
De acordo com a OMC, o Bangladesh é, a nível global, o segundo maior exportador de vestuário, com cerca de 4 biliões de transações anuais, mas a maioria dos trabalhadores recebe um salário inferior a 0,50€ por dia.

Relatório revela que marcas de luxo como a PRADA, FENDI e DIOR estão entre as piores indústrias da moda em proteger os trabalhadores da exploração.

Medida(s) indicada(s) por este grupo de alunos:
1.ª Fiscalização e supervisão realizada por organizações internacionais sem fins lucrativos.
2.ª Pressionar empresas das respetivas marcas a maior transparência e a uma repsonsabilidade social.
3.ª Sensibilizar e alertar os consumidores para este flagelo, de forma a que se reduza o n.º de compras de marcas que exploram seres humanos em nome do lucro.



Temos todos o dever de dizer: BASTA!

Termina-se com uma afirmação de um(a) aluno(a), sobre este trabalho e o tema que retrata, mas que prefere não ser identificado(a):
"Professora, sinto-me a crescer, pois começo a ter consciência do mundo real..."


2 comentários:

  1. Temos todos a obrigação de combater este flagelo.
    Denunciar e apelar às entidades competentes para reagirem a esta questão são algumas das formas de combate.
    Parabens pelo trabalho outras publicações.

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  2. Temos todos a obrigação de combater este flagelo.
    Denunciar e apelar às entidades competentes para reagirem a esta questão são algumas das formas de combate.
    Parabens pelo trabalho e aguardo em expectativa outras publicações.

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Agradecemos o comentário